Hoje de manhã, Joaquim Chissano foi recebido pelo presidente da Comissão Nacional Eleitoral (CNE) de Angola e foi feita uma “comparação do que se passou em outros países”.
“Há duas semanas, o ambiente estava calmo quando lá cheguei mas o desfecho das eleições não foi assim tão bonito” e “acabou com a comissão eleitoral dividida”, explicou Joaquim Chissano, numa referência aos confrontos nas ruas entre apoiantes do vice-presidente queniano, William Rutto, e do opositor Raila Odinga, que já anunciou recursos judiciais contra os resultados.
Perante o que se passou, Chissano não quer ver esse cenário em Angola e apela aos partidos angolanos que cumpram as suas próprias promessas de “manter essa unidade angolana, fazer tudo por Angola, para que haja paz, e progresso”.
Por agora, “o ambiente está calmo, mas não vá algum eleitor praticar algumas ações que possam contrariar esta acalmia”, avisou.
“Devemos confiar nos órgãos eleitorais, irmos votar conforme a lei. Se houver quem perde, deve aceitar mesmo que não concorde” e depois “pode recorrer para a justiça”, explicou.
“Mas quando a justiça for feita pelos tribunais tem de aceitar”, recomendou o antigo líder da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), que, tal como o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) em Angola, governa Maputo desde a independência.
Angola vai a votos no dia 24 de agosto para escolher um novo Presidente da República e novos representantes na Assembleia Nacional.