Durante a entrevista colectiva à imprensa, ao abordar sobre o cenário político actual do país, na perspectiva da disputa eleitoral que se avizinha, o Presidente João Lourenço, considerou que a mobilização de jovens para praticar actos de vandalismo, arruaças, não constitui um sinal de que a oposição está forte.
"Se a oposição só sabe fazer isso, então acredito mais uma vez que seja erro de avaliação. Pôr jovens descontentes nas ruas a queimar pneus, a partir vidros de carros, se isso é um sinal de que o descontentamento contra o MPLA é assim tão grande, de que vão derrotar o MPLA nas próximas eleições, é bom que continuem a pensar assim", disse.
Na mesma entrevista, o Presidente da República, João Lourenço, afirmou que o principal opositor do seu partido "pretende concorrer coligado a outros forças políticas nas eleições gerais de Agosto próximo porque não está preparado para tentar vencer sozinho o MPLA" .
"Desde as primeiras eleições de 1992 que a oposição tem feito uma má avaliação do teatro de operações - como nós os militares dizemos -. Afirmavam naquele ano que o MPLA não tinha hipótese, pelo simples facto de, até àquela altura, ter sido partido único. Diziam 'calças novas em Setembro, mas isso não aconteceu. Nem nas eleições seguintes", recorda o Presidente João Lourenço.
O chefe de Estado, acrescentou que mais uma vez também, para estas eleições, continua a haver essa má avaliação do teatro das operações.
"Não é porque conseguem mobilizar jovens descontentes para actos de vandalismo e arruaça que demonstra que estão fortes", sentenciou João Lourenço.
Defendeu igualmente que, ser nomeado para um cargo governativo não é um castigo e que, essa condição não deve levar a que o direito ao seu bom nome seja violado.
O presidente João Lourenço disse também que não é justo que o cidadão, apenas porque exerce um cargo público, tenha de ver a sua vida patrimonial exposta, o que tem ou não tem, as contas bancárias, no país ou no estrangeiro.
"Não é assim como funciona", reforçou, apelando que a declaração de bens fica em envelope lacrado depositado na PGR mas que só pode ser aberto em caso de o referido cidadão ter problemas com a Justiça, for suspeito de cometer um crime de colarinho branco.