Clima azedo no Uíge: Separação das rochas pode levar a derrota dos camaradas na província do bago vermelho

Desde a chegada de José Carvalho da Rocha nas terras do bago vermelho como Governador e posteriormente primeiro Secretário do MPLA, que o clima azedou entre os camaradas que se viram afastados na tomada de decisões, sobretudo no Conselho Executivo do partido e do Governo que, na visão da nossa fonte, deixaram de exercer o seu verdadeiro papel.

Os militantes queixam-se por exemplo, de que as remodelações feitas no Governo e no partido não tiveram o parecer dos Conselhos Executivos, o que no entender dos militantes sobretudo membros do Comité Provincial do Partido, tem contribuído para a separação das rochas que até então eram firmes.

Para reverter o quadro e rebuscar a hegemonia que sempre caracterizou o MPLA no Uíge, a fonte alerta para a substituição urgente do Governador antes das próximas eleições, precavendo um possível hecatombe dos camaradas, atendendo o grau de desânimo da massa militante, agravado com a carente situação sócios económica que se vive.

Por isso, a preferência dos camaradas nas terras de Ambuila, recai para a nomeação de um quadro local, sem qualquer tendência de discriminação, mas sim de promoção e valorização dos quadros residentes.

“As nomeações, quer no governo como no partido, são reservados aos seus irmãos da Igreja Tocoista, mesmo sem militância ou domínio profissional”, alertou a fonte, avançando ainda que não se regista qualquer acção política e governativa capaz de convencer o eleitorado.

“Basta analisar as declarações recentes do Governador, sobre a incapacidade de intervenção nas ravinas que ameaçam as vias que ligam os municípios de Milunga, Quimbele e Buengas”.

Dentre os governadores que já passaram pelo Uige, os militantes dizem que José Carvalho da Rocha é dos piores, lembrando com nostálgica a morte de Luther Rescova que na sua opinião, seria a esperança do povo e do desenvolvimento da província. NMC