José Eduardo dos Santos morreu aos 79 anos, no passado dia 8 de Julho, num hospital de Barcelona, onde estava internado desde 23 de Junho após uma paragem cardíaca.
No complexo presidencial do aeroporto International 4 de Fevereiro, onde desembarcou a urna contendo os restos mortais, estiveram presentes membros do Governo da Comissão para a organização da cerimónia fúnebre ainda sem data marcada.
Os restos mortais seguem para a sua residência oficial no bairro Miramar, em Luanda, onde permanecerá por algumas horas para honras familiares.
Posterior ficará sob responsabilidade do Ministério da Saúde até a data do funeral, a ser anunciadw pelas autoridades governamentais.
Na última terça-feira, 16, o Tribunal da Catalunha (Espanha) decidiu a entrega do corpo do Ex-Presidente da República, José Eduardo dos Santos, à esposa, Ana Paula dos Santos, para o seu sepultamento.
A decisão foi tomada após o juiz ter recebido os relatórios do Instituto Médico Legal e do Laboratório de Toxicologia.
O documento adianta que na resolução o juiz reconhece Ana Paula dos Santos como viúva do antigo Chefe de Estado angolano.
A deliberação habilita a antiga primeira-dama a ter a tutela do corpo do antigo Chefe de Estado e proceder ao processo de transladação.
Ana Paula dos Santos foi a interlocutora do Governo angolano quando o marido se encontrava internado na clínica de Barcelona, onde acabou por falecer.
Durante o processo, a ex-primeira-dama da República teve apoio do Governo angolano, que pretende fazer um funeral de Estado em Luanda.
A disputa judicial pela tutela do corpo envolvia a viúva e os oito filhos do antigo Presidente da República, principalmente os três mais velhos que se opunham à entrega e trasladação do corpo de ex-chefe de Estado .
Acompanharam a transladação dos restos mortais de Barcelona para a capital, a viúva do antigo estadista, Ana Paula dos Santos , filhos , familiares e algumas entidades ligadas ao governo angolano .
José Eduardo dos Santos chegou ao cargo de Presidente da República em Setembro de 1979, na sequência da morte de António Agostinho Neto, primeiro presidente de Angola, e esteve em funções durante 38 anos, até ser sucedido por João Lourenço.