Gás russo volta a abastecer Alemanha, enquanto Moscou mira usina gigante na Ucrânia

O gás russo começou a fluir para a Europa por meio de um importante gasoduto nesta quinta-feira, após uma pausa de 10 dias, mas temores de cortes mais amplos no fornecimento permaneciam, e forças russas na Ucrânia estariam mirando a captura da segunda maior usina de energia do país.

Tropas russas bombardearam cidades no leste e sul da Ucrânia, disseram autoridades ucranianas, e atingiram duas escolas, ao mesmo tempo em que forças de Moscou realizavam operações terrestres limitadas em preparação para o que é visto como uma ofensiva mais ampla.

A Reuters não conseguiu verificar imediatamente as afirmações ucranianas sobre os bombardeios russos, que, segundo elas, têm sido intensos por várias semanas, e não ficou imediatamente claro se alguém ficou ferido nos ataques às escolas.

A retomada dos fluxos de gás através do gasoduto Nord Stream 1 para a Alemanha encerrou 10 dias estressantes para a Europa, nos quais os políticos expressaram preocupação de que a Rússia pudesse não retomar o abastecimento em um momento em que os suprimentos de energia alternativa estão escassos e os preços altos.

Usualmente, o gasoduto transporta mais de um terço das exportações de gás da Rússia para a Europa, mas estava operando com apenas 40% de sua capacidade depois que a Gazprom, controlada pelo Kremlin, cortou as exportações de gás devido ao reparo de uma turbina.

“Em vista dos 60% (de capacidade) que faltam e da instabilidade política, ainda não há razão para estar tudo certo”, escreveu Klaus Mueller, presidente do regulador de rede da Alemanha, no Twitter.