“Os dinheiros públicos estão a ser bem gastos”, destacou o chefe do executivo angolano, sublinhando que a nova unidade hospitalar é “um ganho para a população desta parcela descontinuada fisicamente do resto do território angolano”, o que dificultava o acesso aos cuidados de saúde.
A infraestrutura, que esteve a cargo da Mota-Engil Angola e custou 165 milhões de dólares, dispõe de 200 camas e está preparada para prestar serviços em 22 especialidades, contando já com 771 profissionais de 1.200 previstos, segundo a ministra da Saúde, Silvia Lutucuta.
Na cidade de Cabinda, situada na província com o mesmo nome, tudo está preparado para receber o chefe de Estado, apesar das pressões dos movimentos independentistas que reclamam a autodeterminação da região.
São visíveis cartazes de boas vindas ao Presidente, que chegou hoje para uma visita de três dias, bem como restrições à circulação, com perímetro de segurança alargado nas proximidades dos edifícios governamentais, nomeadamente junto ao palácio do governador onde João Lourenço começou ao final da tarde a conceder audiências a representantes das entidades religiosas, tradicionais e da juventude.
Entre estes, está Belmiro Chissengueti, o bispo de Cabinda, uma das mais respeitadas vozes eclesiásticas que, nas suas prédicas aos fiéis, aborda muitas vezes temas sociais e políticos, com foco na pobreza, sem poupar críticas ao executivo.
João Lourenço esteve também reunido com o governador de Cabinda, Marcos Nhunga, que apresentou algumas das suas preocupações sobre as dificuldades na província.